segunda-feira, 29 de junho de 2015

A hipocrisia do mundo #1

Nós somos uma sociedade de hipócritas. Acusamos, apontamos, humilhamos e depois fazemos igual. Apontamos o dedo quando a situação não nos é favorável, mas se a mesma situação for benéfica para nós, tudo bem. Acontece com toda a agente, em todos os campos da vida.

Hoje vou falar da hipocrisia no que diz respeito ao ser magro vs gordo.
Dados do ano passado apontam que 13% da população mundial é obesa e estão concentrados no ocidente. 
Desde já vamos colocar a questão da seguinte forma, tanto a anorexia como a obesidade são doenças, que podem ser prevenidas. Não são saudáveis, degradam o corpo e a saúde. No geral, são más.

Um dos meios onde isto é mais visível, porque é mais público, é no meio da moda. Houve alguns anos em que a ditadura da magreza imperou. As modelos tinham de ser muito magras, até com um aspecto doente, para poderem desfilar e ser apreciadas. Felizmente isto está a acabar. Na Europa vários países impuseram regras para que modelos demasiado magras não possam desfilar. Isto é bom apenas porque muitas delas estavam, efetivamente, doentes. Porque tinham de ser mais magras, não tinham alimentações saudáveis, virando piada como as modelos a comerem folhas de alface e a sentirem-se satisfeitíssimas. 

Hoje, o paradigma é outro. Cada vez são mais e mais as campanhas de corpos reais, as quais muito aprecio. Mas é aqui que entra de novo a hipocrisia.

Há algum tempo atrás ficou conhecida uma modelo plus size, Tess Holliday, que tem 127 kg e 1,65m. É agenciada, já fez campanhas renomadas e é seguida por milhares no instagram. 

A grande pergunta é, por representar uma parte da sociedade, é ok ter uma modelo obesa a ser aclamada como heroína?






















Vendo as fotos a cima, posso dizer que acho as duas bonitas, porque felizmente fui educada a acreditar que a beleza não tem uma forma molde, que cada um pode ser bonito independente do tamanho ou forma. Mas, a questão que me preocupa não é essa, é a saúde. Porque se é mau proclamar modelos demasiado magras e mondar mentalidades de milhões de jovens em todo o mundo que o ser magro é que é aceitável é muito errado, o contrário também o é. Eu acho que o papel da Tess Holliday é importante, e tem de haver espaço para modelos como ela uma vez que realmente representam alguém, agora o que não concordo de todo é este histerismo e endeusamento em seu torno. 
Ela pode ser linda e feliz, mas é obesa e isso é mau, para além de tudo. 

Quando se fala em mudar paradigmas, definir novos conceitos, temos de ter muito cuidado com o que afirmamos. Há milhares de modelos chamadas de plus size que não são mais do que mulheres reais e saudáveis e isso sim, está incorreto. 
Ficam imagens de Lauren Wells, Fluvia Lacerda e Whitney Thompson, mulheres reais apelidadas de plus size. 



















O que realmente acho? Que olhamos para estas questões mais uma vez em beneficio próprio. É mais fácil heroificar alguém perto do exagero do que olharmos para a cena real e apreciarmos a beleza de mulheres tão próximas a nós e mesmo assim tão distantes. Porque estas "plus size" têm a coragem de amar o seu corpo, mas como a grande maioria não o tem, é melhor glorificar uma modelo obesa, tão mais gorda, que nos faz sentir bem. 

(Volto a afirmar que acho realmente a modelo Tess Holliday bonita, apenas não concordo com os padrões a que ela está referenciada.)

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Favoritos dos Saldos




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Bisou*

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Diário de uma perseguição #2

A depressão não se manifesta apenas interiormente. Há os sintomas, internos, pesados e inimagináveis, mas esses não os vemos ao espelho. São os piores é verdade, os mais difíceis de cuidar e tratar. Mas existem também os sinais externos, as mudanças que assistimos e que nos dão dicas que algo não está bem, mesmo quando não queremos ver.
Quando ela me bateu à porta, eu estava num estado emocional muito particular, logo os sinais exteriores foram os que me indicaram que, possivelmente, havia mais do que eu já sabia. Além de eu recusar vê-los.  
É bom referir que o nosso corpo reage quando algo não está bem, e o meu reagiu muito. 

Queda de cabelo. Eu tenho dermatite seborreica (que falarei noutra ocasião) por isso, queda de cabelo é algo a que estou habituada, mas nesta altura foi algo assustador. A quantidade de cabelo que caiu deixou-me com peladas no couro cabeludo, que nenhum shampoo ou ampola conseguiu tratar.

Queda de pestanas. Sim, as minhas pestanas caíram, ficando com falhas enormes, tanto superior como inferiormente. Neste tempo deixei completamente de utilizar maquilhagem, uma vez que era uma tortura retirá-la e ver as pestanas a virem junto. 

Unhas quebradiças e baças. Sempre tive unhas fortes e compridas. Eram daquelas unhas que toda a gente cobiçava. No momento em que interiormente quebrei, as unhas quebraram junto. Até à pouco tempo não conseguia que crescessem muito, pois ficaram bastante fracas e com algumas falhas no crescimento natural.

Caroços no pescoço. Isto foi assustador. No lado direito do meu pescoço, desenvolveram-se imensos caroços. Com vários diâmetros e disposições. Eram tantos que usar colares mais pesados ou uma gola mais apertada interferia e criava mau estar. Felizmente, não passou de um susto, uma vez que os exames comprovaram que não era nada grave.

Perda de peso. Eu não deixei de comer, aliás, naquele período era a única coisa que conseguia fazer normalmente, mas perdi peso. O suficiente para a roupa ficar larga e as pessoas notarem. Perder peso sem razão aparente nunca é bom sinal, mas nós mulheres, tendemos a desprezar este sinal porque nos agrada perder aqueles 2/3 kg, no entanto é bastante importante. O nosso corpo reage ao choque interno e envia-nos sinais. Se os virmos a tempo, imensas doenças podem ser previamente tratadas, como é o caso da depressão. 

Acne. Não tinha borbulhinhas na cara desde a adolescência. Neste período, lá apareceram de novo. Pequenas, feias e inconvenientes. Quer dizer, tudo o que eu não precisava neste período era sentir-me, para além de tudo, feia, mas elas não perdoaram. 


Todos estes sintomas apareceram, eu podia vê-los e mesmo assim, nos primeiros tempos não lhes liguei. Apenas quando o sufoco era tão grande pedi ajuda. Ao contrario da doença que originou a depressão, com esta agi tarde porque me recusei a olhar. Não quer dizer que não tivesse depressão na mesma, ela já lá estava, mas quanto mais cedo olharmos para nós e assumirmos que algo não está bem, independentemente do que seja, mais fácil é conseguirmos a resolução. 
A depressão existe. Não é moda, não é desculpa. É algo que nos colhe aos pouquinhos, mas que felizmente, também pode ser colhida. 

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Quando não circula quem sofre sou eu.

Má circulação. Dilema da minha vida!

Tenho má circulação hereditária, que por si só já é um problema, mas juntando os dias de preguiça de movimentar o corpo, piora!
No Inverno, tenho pés e mãos de cadáver. Não conheço ninguém que tenha as mãos e os pés mais frios do que eu, no Inverno. É terrível, porque não há luvas e meias que resultem. 
Agora no Verão a situação é inversa. As pernas pesadas são verdadeiramente o terror do meu Verão. Se no tempo mais frio consigo contornar a situação com água quente, aquecedor e muita malha, com o aquecimento da temperatura as soluções escasseiam. 
Essencialmente o problema centra-se nas pernas e pés. Incham, aquecem, perdem sensibilidade, dando a sensação de pesos mortos, que incomodam bastante. Para não falar nas varizes que vão fazendo o seu caminho, tendo com 25 anos, diversas veias dilatadas nas pernas. 
Mas, como para tudo há solução, vou deixar aqui algumas dicas de como atenuo estes sintomas.

Durmo sempre com uma almofada a elevar os pés. Nem sempre é confortável e invariavelmente é chutada da cama a meio da noite, mas não consigo adormecer de outra forma. Tenho uma almofada de memory foam, que comprei na Primark por €15, que resulta na perfeição, uma vez que sendo o material mais duro, não há o problema dos pés desceram da altura recomendada. 

Comprimidos antistax. Para deixar as pernas mais leves, os comprimidos têm o ativo de Vitis vinifera L, que promove a regular circulação venosa. Estes comprimidos encontram-se em qualquer farmácia, e vendem-se em caixas de 30 unidades. A recomendação é a toma durante 6 semanas. 
São uma grande ajuda. Já os tomei em Verões passados e realmente fazem diferença.
Como refere a bula, não é recomendado a grávidas e lactantes, assim como a crianças. Não engorda.

Meias de compressão e meias de descanso. Não são a mesma coisa. 

As meias de compressão reduzem o diâmetro das veias dilatadas, fazendo com que o sangue volte a circular normalmente. São receitada pelo medico, que convenientemente recomenda o grau de compressão indicada. Existem quatro graus distintos, com densidade da malha diferente. Para o grau I, que são as que eu tenho, o grau de compressão é de 18-21 mmHg, sendo essencialmente para prevenção e primeiros cuidados, uma vez que os sintomas ainda não são muito graves. Ao contrario do que se diz, as meias de compressão não são desconfortáveis, se bem indicadas. Claro que preferia de não ter de as vestir no verão, com calor, mas sinto-me bem com elas e os resultados são surpreendentes. Não as uso durante todo o dia, mas quando chego a casa visto-as até à hora de deitar e é realmente determinante no meu conforto. 
As meias de compressão são mais caras, e só devem ser adquiridas se o médico indicar
Para quem as usa e necessita, são um verdadeiro alivio. 

As meias de descanso têm graus de espessura de 70 a 140. São muito mais maleáveis e finas que as meias de compressão, sendo recomendadas para pessoas com sintomas de má circulação, mas sem incidentes venosos. 
Tenho algumas destas e uso-as principalmente no inverno, uma vez que passam muito bem por meias normais. 

Gel Frio bonté. Este é um daqueles produtos que nunca falta cá em casa. Um gel de efeito gelado, que quando em contacto com a pele dá uma imediata sensação de alívio e refrescamento. Existem muitas marcas com produtos semelhantes, no entanto este para mim é o melhor em termos de custo/beneficio. É do Dia/Minipreço e é uma arma muito importante no combate as pernas pesadas. 


Chá. O chá é uma ótima fonte de hidratação e dependendo da sua base, é também uma arma contra a má circulação. Chá de dente-de-leão, chá de camomila, chá de alecrim e cavalinha, são alguns dos exemplos de chás que podem ajudar no alivio dos sintomas. 

Caminhada. Talvez a mais importante. O exercício é uma das maiores recomendações para quem sofre de má circulação. Não é necessário serem desportos rigorosos ou de grande intensidade, uma simples caminhada diária ajuda a atenuar os sintomas e a alcançar o bem-estar. 


Claro que é bom não esquecer a alimentação regrada e variada, o combate ao sedentarismo e à obesidade, assim como o álcool e o tabaco, inimigos não só da circulação mas sobretudo da nossa saúde.. 


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sexta-feira, 19 de junho de 2015

Vontade de Sexta - Feira #2

Ficava tão bem cá em casa. 


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quinta-feira, 18 de junho de 2015

Cabelos de Verão

Uma das coisa que mais gosto no Verão é a informalidade que o calor nos dá. Podemos entrançar, torcer e ondular os cabelos, sem que pareça demasiado casual. 
Ficam alguns exemplos de penteados para alegrar este Verão.


*imagens do pinterest

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Diário de uma perseguição #1

Desde que me lembro, sempre fui uma daquelas pessoas que achava que a depressão era coisa de pessoas desocupadas e frágeis. Mal informada e até preconceituosa, sempre acreditei que só tinha depressão quem queria e não era forte o bastante para enfrentar os problemas. Até que foi à minha porta que ela bateu. 

A depressão não veio sozinha. Quando à cerca de dois anos descobri que tinha uma outra doença, o meu mundo afundou. Caí num estado de desespero e desconhecimento tão profundo que ela decidiu surgir. 
Não consigo apontar o dia preciso que a senti, até porque no estado que estava era difícil perceber alguma coisa, mas quando ela vem e se instala, sente-se. 
Naqueles meses a minha vida transformou-se. Eu, a forte, a decidida, a divertida, virei uma sombra bem apagada. Volto a dizer, a minha depressão junta-se a outra doença de ansiedade, que juntas, tornaram a minha vida miserável por alguns meses.
Mas tudo melhora. Infelizmente não posso dizer que estou livre de tudo. Não estou. Mas hoje, sou de novo eu. Voltei a ver o mundo a cores. Cada dia é uma batalha para a "matar". E leve o tempo que levar, serei sempre mais teimosa que ela.

Vou falar dos sintomas, que são diferentes em cada um, das más decisões, dos dias horríveis. Vou falar dos dias lindos, do regresso da vontade, dos sorrisos.

Isto é o diário de como persigo a minha depressão em vez de ela me perseguir a mim. 

O fatídico pastel de bacalhau com queijo da serra

Quando não há mais o que fazer, ou mesmo porque os temas actuais nos envergonham de tal maneira, inventamos um novo tema e transformamo-lo em algo maior. 
Comi pela primeira vez este pastel no Museu da Cerveja já lá vai um, dois anos? Ninguém nunca se importou, manifestou ou passou muito cartão a isto. Agora, com a abertura da Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau, a polemica está aí. 
Não sei o que mais me espanta, darem realmente destaque a isto como sendo um assunto de maior interesse ou a onda de indignação que a junção destes dois reis da gastronomia portuguesa proporcionou. 

Eu? Eu adoro! Cada vez que vou para o lado do Museu da Cerveja tenho de controlar os meus instintos para não me satisfazer com dois ou três pasteis, porque eu senhores, gosto é de comer. 

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Dia Internacional de Sensibilização sobre a Prevenção da Violência Contra as Pessoas Idosas

Hoje assinala-se o Dia Internacional de Sensibilização sobre a Prevenção da Violência Contra as Pessoas Idosas. Pode parecer apenas mais um dia de prevenção de isto e daquilo, mas este, pessoalmente, é especial. Há questões estruturais na sociedade portuguesa que me afligem incrivelmente, a forma como tratamos os nossos idosos é uma delas. Não acho que todos os idosos virem santos apenas porque envelheceram, mas acredito que todo o ser humano tem de ser tratado com dignidade, e cabe a cada um de nós colaborar neste sentido. 
Eu fui daquelas crianças que ficava na mesa a escutar os adultos conversarem, a beber das suas histórias e experiência. Não acho que a idade é um posto, mas aprecio a vivência e os ensinamentos que podemos adquirir com aqueles que já muito passaram. 
Os idosos são seres frágeis, porque vamos lá, ninguém quer envelhecer, ninguém quer sentir o corpo a começar a falhar, a perder faculdades, a precisar de ajuda. E tudo isto se torna ainda mais difícil quando são tratados como um fardo. Conheço historias dramáticas, de idosos, que hoje estão abandonados pelos familiares por quem fizeram tudo. Filhos, netos e irmãos que hoje, ao já não precisarem deles, os depositam ou em lares, ou em casas isoladas, longe de acessibilidade e ajudar, longe de carinho e atenção.
Isto assusta-me. Acho que reflete muito bem aquilo que somos enquanto pessoas, porque se vamos marginalizar aqueles que um dia nos deram aquilo que precisávamos, e não falo apenas de bens materiais, mas do amor, somos capazes de tudo em beneficio próprio. 
A violência não é só física, o distanciamento e a frieza criam feridas muito grandes. A solidão, essa mata.

O meu avô tem 86 anos, à 6 anos e 8 meses teve um AVC que lhe colheu as faculdades e os movimentos. 6 anos e 8 meses deitado numa cama. A fisioterapia, as consultas de neurologia, o estimulo familiar, nada conseguiu atenuar os efeitos e hoje, passam-se dias sem falar, sem abrir os olhos. Mas há dias bons. Dias em que sorri e se lembra quem somos. Em todo este tempo, muitas foram as pessoas que lhe viraram as costas, amigos e familiares que simplesmente desapareceram. Mas houve também aqueles que ficaram e tornaram a restante vida do meu avô, mais fácil de aguentar.
Desde o equipamento necessário até a atenção e cuidados, tudo lhe é dado pelos meus país e avô. Em todo este tempo o meu avô nunca teve uma ferida, nunca teve nenhum problema a não ser os inerentes à própria doença e isto porque tem atenção.  
Eu nunca pensei em alimentar o meu avô ou mudar-lhe a fralda, mas faça-o e farei quantas vezes forem necessárias. Eu lembro-me do que um dia ele fez por mim, lembro-me do carinho e o mínimo que posso fazer é ajudar. 
Os meus país e avó são os heróis, são as pessoas que neste dia de prevenção podem ser usadas como exemplo. Porque custa muito, a todos os níveis. Mas não há nada mais reconfortante que saber que os nossos estão felizes e cuidados, qualquer seja a circunstancia. 

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Santos Populares

É hoje. A noite mais longa de Lisboa. O Santo António apadrinha os arraiais, as sardinhas e os manjericos. Por todo o país multiplicam-se os arraiais, comemorando e em honra os diferentes santos. Noites longas, de dança e diversão. 

Por isso aqui ficam dois looks bem ao estilo que se pede. Confortáveis, estilosos e descolados. 


É sempre bom não esquecer:

Multidão significa carteiristas. Nunca usar carteiras de fácil acesso e o mais indicado é mesmo as tira colo puxadinhas para a frente. 
Sapatos altos são proibidos! Em Lisboa, ir para um arraial de saltos é o mesmo que nenhuma diversão. Ainda me lembro à uns anos uma amiga ir com umas sandálias altíssimas e foi simplesmente horrível. Acabou a noite com uns chinelos de €1,5.
Nada de grandes produções. É noite de rua, por isso, maquilhagem discreta, penteado simples. O que é preciso mesmo é a boa disposição.

E a melhor dica, divirtam-se!



Falta de talento ou falta de noção?

Eu sofro muito com a vergonha alheia. Não acho hilariante quando assisto alguém ser humilhado/gozado/vitima de uma partida. Fico constrangida, sinto-me mal por aquela pessoa e não consigo ver o menor humor nisto. Posso também colocar nesta categoria concursos onde pessoas vão testar os seus talentos. Quer dizer, eu adoro ver as pessoas realmente boas triunfar e mostrar o seu talento ao mundo. No entanto, nas centenas de talent shows que passam na tv, existe aquela parte de casting, que eu realmente não gosto. Porque? Porque se me incomoda quando uma pessoa é colocada numa posição constrangedora, ainda me incomoda mais quando é ela própria a colocar-se nessa posição.

Isto tudo porque na semana passada, numa visita aos meus pais, convidaram-me para ir a um sarau do liceu local. Como foi o liceu que frequentei durante anos e também porque íamos ver a filha de uma amiga da família, lá fui eu. E foi dramático. Era uma espécie de míni concurso para apurar o melhor cantor. E se havia, efetivamente, miúdos que cantavam muto bem, havia aqueles que me fizeram encolher na cadeira e rezar para acabar o mais rápido possível. E eu fiquei a pensar, será que os pais daquelas crianças não sabem que realmente elas não sabem cantar? Ou, mesmo vendo a falta clara de talento, incentivam-nos a realizar os seus sonhos, mesmo que se possa transformar num pesadelo?
Eu fui criada com o pensamento que tudo está ao nosso alcance. E eu acredito que com esforço, trabalho árduo, perseverança e talento, podemos ser o que quisermos. Mas o fator talento é importante, ainda mais falando em atividades artísticas. Agora, mesmo sendo educada assim, os meus pais sempre foram sinceros comigo, quando eu praticava alguma atividade onde não era boa. E é isto mesmo, como os bebés não são todos bonitos, também as crianças não são todas talentosas em certas áreas. E se é admissível uma criança de 4/5 anos cantar e todos acharem fofo, o mesmo não se passa quando essa criança tem 14/15 anos. Aí já é uma clara falta de noção.  
A minha pergunta então é, perdemos objectividade quando se trata dos nossos filhos? Eu não sou mãe, mas sei que não gostaria de colocar o meu filho numa posição constrangedora e seria sincera com ele caso ele revelasse uma clara falta de talento para uma atividade. Mas será que quando, efetivamente for mãe, deixarei de pensar assim? Será que a maternidade nos entorpece e nos faz acreditar que os nossos filhos são os melhores? 

Eu acho realmente perigoso, porque estamos a criar crianças que não têm percepção das suas limitações e se colocam em situações que podem provocar danos bastante grandes, uma vez que ninguém é imune à humilhação, muito menos quando esta é pública. 

domingo, 7 de junho de 2015

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Vontade de Sexta - Feira #1

Dispensável para a minha vida mas maravilhosas de qualquer maneira.

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quinta-feira, 4 de junho de 2015

As minhas series #1

Hannibal

Data mais que apropriada para falar desta serie. Hoje estreia nos EUA a terceira temporada de Hannibal e eu estou em pulgas. 
Hannibal Lecter é de longe o meu serial killer favorito (de ficção, claro!), não sei se pela forma como Thomas Harris o apresenta nos livros ou da brilhante interpretação de Anthony Hopkins no filme Silêncio dos Inocentes, vencedora de um Oscar. Sei que há algo na construção desta personagem e da sua história que me fascina, talvez por ser uma personagem profundamente inteligente e manipuladora. 

Quando em 2013 a serie foi lançada, admito que estava com algum receio, uma vez que achava quase impossível alguém suplantar Hopkins. E a verdade é que não aconteceu. O que aconteceu foi algo muito melhor. O Hannibal Lecter de Mads Mikkelsen é tão maravilhoso quando o de Anthony Hopkins. Diferentes, mas igualmente densos e envolventes. 
A história da primeira e segunda series retratam o livro Dragão Vermelho de Thomas Harris, onde o psiquiatra Lecter juntamente com o profiler Will Graham, brilhantemente interpretado por Hugh Dancy, investigam mortes conjuntamente com o FBI. 

O desenrolar da serie tem sangue, suspense e todo o entretenimento possível para passarmos 43 minutos bem envolvidos.  




quarta-feira, 3 de junho de 2015

Novidades #1

A família das paletas Naked da Urban Decay, para muitos das melhores sombras do mercado, acabou de aumentar. 
A marca anunciou que será lançada no dia 8 de Julho a mais recente paleta, Naked Smoky. Uma paleta de sombras com acabamentos variados. 
As cores são lindas, mas a caixa? É fantástica. 
E para deixar as fãs do produto ainda mais ansiosas, a marca lançou um vídeo de promoção à paleta. 


Segundo 0.36!!! Aqueles olhos são qualquer coisa!

Wishlist Junho

Novo mês, novas vontades.


terça-feira, 2 de junho de 2015

Coragem de ser quem é

Num dia qualquer da semana passada o meu namorado chegou a casa e eu estava a chorar. Temos de fazer aqui uns parênteses antes de mais nada, eu sou uma chorona. Choro porque sim e porque não, porque as outras pessoas estão a chorar, porque sinto o sofrimento ou alegria delas. Sou portanto, uma Maria-vai-com-as-outras no que respeita a lágrimas. 
Retomando o assunto, então eu estava a chorar e a ver o Keeping up with the Kardashians. Dois episódios intitulados de "About Bruce" que me fizeram chorar. Sim, a família Kardashian tem um quê de loucura latente, mas além das 550 mil câmaras que os rodeiam, são pessoas. E acredito que é muito mais difícil do que para qualquer anónimo, dar o grito do Ipiranga e assumir quem realmente é.
Assim, o que o Bruce Jenner fez, para mim é algo de uma força e coragem brutais. Se a família é um circo, ele pôs-se muito a jeito para ser o palhaço principal e sofrer com todo o ódio e desrespeito que o mundo nutre por esta família. Mas é exatamente aí que está o mais interessante e comovente de tudo. Eventualmente, muito do que passa tanto nos episódios como nas entrevistas é fabricado, mas acredito vivamente que aquelas pessoas estão do lado dele. Não será fácil aceitar que o nosso pai nunca se sentiu feliz como é e vai mudar, deixar de ser um homem e passar a ser uma mulher. Foi comovente o momento em que a Kendall Jenner diz que o que tem mais medo é a forma como possam tratar o pai depois disto. Sejam Kardashiam ou não, é um momento delicado e é preciso muita força para o enfrentar.
A grande noticia de ontem é que Bruce Jenner já não o é. Agora chama-se Caitlyn Jenner e é um mulherão. 
Numa palavra, Maravilhosa.



segunda-feira, 1 de junho de 2015

Feliz dia da Criança

Hi.
Este dia é especial, não só por celebrar uma das fases mais maravilhosas do ser humano, mas também por ser usado para a sensibilização das muitas atrocidades cometidas contra crianças em todo o mundo. 

Mas hoje decidi por o lado mais pesado e profundo de parte aqui no blog e concentrar-me nesta fase tão linda que é a infância. Todos nós nos lembramos destes tempos com alguma nostalgia, alguma vontade de que, apenas por um dia, o tempo voltasse para trás. Como nasci nos finais dos anos 80, toda a minha infância foi vivida em plena década de 90. E que grande década. 
Não havia a massificação da internet e dos telemóveis, as mulheres maquilhavam-se como se cada dia fosse uma festa, fumava-se em todo o lado, o mundo tinha medo do chupa cabras, o Clinton fazia mais do que governar os Estados Unidos e o Herman José era o maior humorista português. Belos tempos.

Decidi por isso fazer uma pequena retrospectiva com o que de melhor, e pior, os anos noventa nos deram. 


As novelas da Globo estavam no auge, e ainda me lembro de ter um pequeno receio do cadeiduro. A inconfundível energia do João Baião no Big Show Sic e a então inocente Ana Malhoa no Buéréré. Tínhamos os Riscos, na RTP2, onde víamos o quão complicado era ser "adulto". O Ponto de Encontro, onde o Sr. Henrique Mendes reunia as famílias perdidas deste Portugal. A Xena, a princesa guerreira como modelo e uma classe de desenhos animados que ainda hoje sinto falta. O Dragon Ball, que uniu gerações em torno da tv e nos pôs a tentar convictamente realizar o kamehameha, os resistentes The Simpsons, que comecei a ver e não percebia nada do que eles diziam, as Navegantes da Lua, possivelmente o mais irritante mangá, mas que todos adorávamos naquela altura. E o que dizer da TVI, que passava Baywatch em horário nobre e era uma maravilha. Boa televisão. 




A década de 90 deu-nos bons filmes. Dos que vi enquanto criança, O Rei Leão é dono do meu coração. É o meu filme da Disney favorito, ainda choro quando o Mufasa morre e revejo-o pelo menos uma vez por ano. Depois temos aqueles que por razões obvias não até ao final da década ou mesmo já nos anos 2000 como o Silêncio dos Inocentes, um dos meus filmes favoritos (Hannibal é o meu psicopata favorito), ou até Pretty Woman, onde a Julia Roberts nos ensina que no amor tudo é possível. 


Girls Band. Boys Band. Macarena. Oops!.. I did it again. I Will Always Love You. Say my name say my name. E Pisca pisca. Resumindo. 

Quando não existiam telemóveis e tablets e pc's, as crianças brincavam. É quase uma prática extinta, visto que hoje o brincar é estar 4 horas colados a um gadget qualquer, mas no meu tempo brincávamos tanto e tão bem. Tínhamos Barbies maravilhosas, e sim eu era uma menina de barbies. Havia cadelas que traziam cãezinhos dentro que eram ternurentas, estojos megalómanos com tudo o que precisávamos para estimular a criatividade. 
E lá para o fim da década, quando a tecnologia começou a dominar, a minha querida Nintendo 64, menina dos meus olhos, que ainda hoje está guardada e operacional, para com o meu amigo Mario ir salvar a Peach.


O estilo. Esse sim uma herança difícil. O exercício é, peguem, nos álbuns de fotos e riam-se. Melhor não há para um mau dia. Mas só aconselhável a quem não sofrer de vergonha própria e alheia, porque vai haver muita. E o pior, é que além de as coisas pavorosas dos anos 90 ficarem gravadas na historia ainda há o perigo de voltarem com tudo, como está a acontecer com aquelas gargantilhas grotescas ou os scrunchies. Claro que houveram coisas boas, mas não me estou a lembrar de nada agora. 


As Top Models. Podem vir com Adriana Lima, Alexandra Ambrósio, Miranda Kerr, Cara Delevingnem, mas o top, essas são mesmo as dos anos 90. Cindy Crawford, Naomi Campbell, Kate Moss, Claudia Schiffer, Linda Evangelista, Christy Turlington, e por aí, foram as deusas das passarelas, as musas de estilistas e a inspiração de milhões de mulheres. Formaram uma elite de modelos quase inalcançável. São as Top do topo. 

Agora que já relembramos um pouquinho, vou brincar um pouco e comer o meu chocapic.