quarta-feira, 15 de julho de 2015

O medo dos tamanhos.

Eu visto o 36! Eu visto o 36! Eu visto o 36! Eu visto o 36! Eu visto o 36! 


Mesmo que me corte a respiração e a circulação. Porque jamais vou aumentar o número. 

E é isto, a realidade de muitas mulheres. Há um medo latente quando provamos a roupa, se aquele número não serve, das duas, uma, ou estamos inchadas e o corpo não está normal ou o número não está correto. E esta é a grande verdade! 
Explicando melhor, o número até pode estar correto para aquela loja, mas os centímetros em cada peça são diferentes, em diferentes lojas. 

A DECO fez um estudo muito interessante, publicado na revista Proteste de Maio, que fala exatamente disto. Nas comparações que fizeram encontraram discrepâncias de 8-15 cm de diferença em peças com o mesmo número mas de diferentes lojas. 

Segundo a revista, a H&M é a loja onde os tamanhos da cintura são mais largos e pelo contrário, a Bershka (claro!) tem os tamanhos mais pequenos. Para terem uma noção numa peça tamanho M pode chegar a uma discrepância de 15 cm entre a Bershka e a H&M. É muito centímetro! 
Já os tamanhos do peito a Sport Zone apresenta os maiores tamanhos. 
Posto isto, mulheres deixam de lado o medo de usar um número acima porque na realidade o que conta são os centímetros. 
E isso ninguém sabe. Se me perguntarem quantos centímetros tenho de cintura eu realmente não faço ideia. 
Assim temos mesmo de largar esta ditadura dos números e usar aquilo que realmente assenta bem, seja 36, 38 ou 42. É só um número!

A boa notícia é que foi realizado um estudo antropométrico que vai ajudar as fábricas de têxteis a adequar melhor os tamanhos à nossa realidade. Segundo o estudo, o português médio pesa 77 kg e mede 1.71. E as suas medidas médias são 106 cm de peito, 92 cm de cintura e 101 de anca. A mulher portuguesa pesa em média 64 kg e mede 1.59 cm. As medidas médias são de 97 cm de peito, 86 cm de cintura e 103 cm de anca. 

De realçar que as medidas ainda utilizadas eram referentes à década de 70, e como sabemos, pode haver mudanças significativas de geração para geração. Com este estudo, as fábricas de confecção podem produzir peças mais adequadas ao nosso biótipo e assim produzirem mais peças de números adequados e deixarem de lado aquelas peças que não servem, de facto, a ninguém. 


Outra boa notícia é que o estudo apurou é que os portugueses são muito semelhantes aos espanhóis, logo todo o universo inditex está assegurado ;) 


Bisou 

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