sexta-feira, 9 de março de 2018

O meu primeiro emprego

Todos já passamos pela experiência desafiadora do primeiro emprego. 
Se muitos só começam a trabalhar após concluir os estudos e outros tantos têm de conciliar estudos e trabalho para fazer face às despesas da vida, eu tive a felicidade de começar a trabalhar porque quis. 

Felizmente, os meus pais sempre me proporcionaram uma vida bastante confortável e nunca exigiram que trabalhasse, como tantos pais exigem. Claro que tinha as minhas tarefas em casa, mas trabalhar fora para ajudar nas minhas despesas nunca foi uma necessidade.
No entanto, no Verão de 2005 decidi arranjar um trabalho. Porquê? Eu gostava de ter uma razão nobre mas a verdade é que queria ir de férias e achei que não tinha de pedir dinheiro aos meus pais. E sendo que passava o meu Verão na praia e o trabalho era mesmo junto à praia, era apenas juntar o útil ao agradável.

O meu primeiro trabalho foi assim, servir às mesas numa pizzaria de praia. 
Tenho tantas recordações incríveis. Além de trabalhar com amigos, o serviço era exigente e o patrão não era a pessoa mais afável mas mesmo assim lembro-me com imenso carinho destes tempos.
Entre pizzas e bebidas, mergulhos e areia no pé, foram três Verões que passei neste trabalho. Não ganhava nada de especial, mas como já disse, toda a conjuntura em volta era o que mais me motivava. 
Lembro-me que o início do dia de trabalho consistia em uma viagem de bicicleta para a praia, onde começava a trabalhar às 9h. Servia imensos pequenos-almoços e por volta das 11h começávamos a arrumar tudo para servir os almoços e às 16h era altura de tirar o uniforme, uma t-shirt pavorosa, vestir o bikini e mergulhar no mar. 
O dia que mais me custava era o domingo, uma vez que tenho um entrave mental de trabalhar ao domingo e então, os meus maravilhosos pais, tinham sempre um mimo para mim quando chegava a casa. (Sim, era recompensada de fazer algo tão normal como trabalhar. Sim, fui muito mimada e amada pelos meus pais. Mas aparentemente isso não me estragou nem acho que o mundo me deva nada. )

Posso dizer, sem dúvidas, que foi a melhor opção que já tomei. Além de desenvolver responsabilidade e aprender coisas novas num mundo que desconhecia, tive oportunidade de sentir o peso do trabalho e do dinheiro. 
O meu primeiro ordenado foi integralmente gasto num jantar com os meus pais e uns ténis. Nunca mais me esqueço da cara dos meus pais quando disse que eu pagava a conta. Foi orgulho. Orgulho de perceberem que eu tinha aprendido o que eles tão bem me ensinaram. Tudo tem de ser partilhado para saber melhor. 
E no final, eles ajudaram a pagar as férias. Mas as lições foram aprendidas. 

Qual a vossa memória do primeiro emprego? Começaram cedo ou tarde a trabalhar? 

6 comentários:

  1. Os meus primeiros trabalhos foram bem parecidos com o teu. A servir às mesas e também guardo a experiência com muito carinho. =)

    ***

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  2. Eu tinha 17 anos. (Como é que se passaram 13 anos e parece que foi ontem?)
    Tinha acabado de entrar para a universidade e precisava ajudar os meus pais a pagar as propinas.
    Vendi gelados, crepes, waffles, cafés, chás, chocolates quentes... Adorei! Conheci imensa gente e aprendi a ser um bocadinho mais comunicativa. :)
    Boas memórias. Obrigada por puxares por elas!*

    Beijinho d'

    A Marta
    https://amartaeumblog.blogspot.pt/

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  3. Olha que giro =)
    Olha o meu 1º trabalho foi assim que acabei o 12º ano. Estive lá 8 meses mas foram tão "bons" a nível de aprendizagem, que ainda hoje sei o que aprendi lá.
    Depois acabei por voltar a estudar.
    Beijocas

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  4. Comecei tarde... mas sempre ajudei a família nos trabalhos deles sem ganhar nada em troca :P No entanto, acho que fizeste muito bem e, honestamente, considero uma causa "nobre". Não tinhas necessidade e fizeste-o mesmo assim.

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  5. O meu primeiro emprego foi um part-time na Zara, durante o meu último semestre na faculdade, só porque decidi que queria experimentar aquilo (os meus pais passaram-se, na altura) e odiei. Valeu pela experiência, ganhei uns trocos, mas se voltasse atrás não repetia, porque deixei de ter fins-de-semana durante 6 meses e não gostei nada do tipo de trabalho, dos horários, nem da falta de educação das pessoas.

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  6. eu comecei aos 16anos, num trabalho que era para ter sido apenas nos meses de verao, num supermercado, enquanto nao voltava a escola, mas acabou por se prolongar e na altura das aulas so trabalhava ao sabado e ao domingo. comecei nao para ter dinheiro para ferias, mas para comecar a comprar eu propria as minhas coisas sem pedir aos pais :)

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