terça-feira, 24 de outubro de 2017

O horror do outro lado.

The Hateful Eight. The King's Speech. The Artist. The English Patient. Silver Linings Playbook. Iquilibrium. The Lord of the Rings. Lion. Kill Biil. Pulp Fiction. Shakespeare In Love. Gangs of New York. Carol. Entre muitos outros.

Alguns são blockbuster, outros filmes de culto. O que todos têm em comum é que passaram pelas mãos de Harvey Weinstein. 

Nas últimas semanas fomos confrontados com dezenas de acusações contra o produtor. Das maiores estrelas de Hollywood às mais pequenas, multiplicam-se as acusações sobre o produtor, que ao longo dos anos foi violando os direitos de várias estrelas com quem trabalhou.

Sobre as acusações, só pecam por tardias. Percebo a dificuldade e o medo que estas mulheres enfrentam para divulgar estas acusações porque não é nada fácil acusar um homem poderosíssimo, o rei de Hollywood. Muitas carreiras podem ter sido arruinadas, muitas mulheres foram postas em causa e uma teia de mentiras foi contada. 

No entanto a questão aqui é até que ponto pudemos misturar o homem com a obra. 
Da listagem que aparece na primeira linha, todos os filmes são mais o menos aclamado, mas não pudemos fugir da importância de muitos deles. E hoje, depois de sabermos de tudo o que se passou por trás, não os pudemos ver da mesma maneira. 
Não, não vamos deixar de gostar de um filme porque foi produzido pelo Weinstein, mas pudemos e devemos olhar para aquelas actrizes com outros olhos. 
Quando as vemos maravilhosas nas passadeiras vermelhas não pensamos no outro lado do glamour, no que são forçadas a abdicar. Sobretudo da dignidade.
Uma das acusações que recaem sobre o produtor é a pressão que fazia para as actrizes dos filmes que produzia usassem a marca da sua esposa. a Marchesa
Podemos concluir assim que estas actrizes eram condicionadas não só no panorama físico mas também no seu livre arbítrio. Uma coisa é escolherem serem patrocinadas por uma determinada marca, outra é serem obrigadas em nome da manutenção da sua carreira.  

Hoje, depois de termos o conhecimento do tudo isto temos cada vez mais de nos unirmos em torno da máxima que toda e qualquer mulher tem de ser respeitada, quer seja no glamour de Hollywood ou na batalha do nosso dia a dia. Porque dependendo da conta bancária ou das maiores ou menores facilidades nas trivialidades da vida, ser mulher é difícil, mesmo. 

6 comentários:

  1. r: continuo sem ver o filme ainda, mas confesso que estou com poucas expectativas..

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  2. Desconhecia totalmente esta situação.
    Tenho que me ir informar melhor.

    Beijocas

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  3. Sem dúvida :)

    Concordo plenamente... Acho que as mulheres deveriam ser mais protegidas neste tipo de situações. Os Homens, por sua vez, deveriam ter muito mais cuidado... principalmente os mais influentes e com a mania de que "podem tudo".

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  4. Acho que enquanto mulheres estamos constantemente a ser colocadas à prova. Difícil lutar num mundo (seja ele profissional ou não ) em que continuamos maioritariamente a ser olhadas pelo lado sexual e fraco. E como muitas dizem " colocam-se a jeito "! :( :( Lamentável ! beijoca
    Coco and Jeans by Marisa x My Instagram x My Bloglovin

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  5. Se é! Ser mulher é muito complicado. Sempre foi e acho que infelizmente sempre será. Podemos já ter direito ao voto e a trabalhar mas continuam a ver-nos como marionetas. É triste.

    Beijinhos
    http://aestilografa.blogspot.pt/

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