Festejo o Halloween desde que me lembro. Sei que quando era muito pequena, 2/3 anos não havia tradição, mas desde que entrei no infantário festejo esta data nada portuguesa.
Lembro-me que foi a minha professora no infantário realizar uma festa de bruxas no dia 31 de Outubro e foi algo que realmente gostei.
Depois de perguntar o que realmente era o Halloween, achei que era muito interessante isso de sair à rua e pedir doces, e assim foi. Tinha a sorte de viver numa pequena localidade, daquelas onde ficávamos a brincar até bem de noite nas noites quentes de verão. Daquelas onde o perigo para as crianças não era quase nenhum, porque todos sabiam quem éramos e nós, crianças, conhecíamos todos.
Assim, juntamente com os meus primos e os meus vizinhos mais próximos, monitorizadas por duas vizinhas mais velhas subornadas por doces, lá começamos a pedir doces pelas casas vizinhas.
Se no primeiro ano ninguém sabia do que se tratava e nos deram desde pacotes de bolachas a dinheiro para os doces, nos anos seguintes iam comprar os doces propositadamente.
Foram momentos engraçados. Todos os anos tentávamos ir os mais assustadores e irreconhecíveis possível, no entanto qualquer um sabia que éramos nós.
Com os anos a passar deixamos as ruas nas noites de Halloween e passámos organizar uma festa. Um das minhas vizinhas e melhor amiga da época, tinha uma garagem que não utilizava, na qual colocamos um sistema de luzes (não me consigo lembrar de onde veio) e uma bola de espelhos e fizemos a nossa própria discoteca.
Com traje obrigatório e convidados escolhidos a dedo, foram alguns os anos que passamos o Halloween a dançar as músicas da moda ao mesmo tempo que fingíamos que bebíamos sangue e comíamos dedos.
O Halloween é assim uma data que me trás imensas memórias e um dia que ainda hoje gosto de festejar.
Os trajes foram evoluindo, os locais mudaram, mas o espírito está lá.