O medo propaga-se num ritmo acelerado. Ele distorce factos e mina o essencial.
Desde sexta-feira somos todos Paris. Corretamente. No entanto, temos de ser muito mais que isso. Percebo o sentimento de vizinhança e não o desprezo. É normal sermos Paris, sentimo-lo um pouco como se fosse aqui, na nossa cidade.
Agora o essencial é sermos Mundo.
Nos últimos anos os ataques são frequentes, nos vários locais do mundo, mas como não nos afetam tão proximamente, viramos a cara. Assim como viramos a cara a muitas verdades indesejáveis que não queremos ter noção, que preferimos não saber.
A ignorância é uma bênção, é verdade. Mas fica na consciência dos ignorantes o virar do rosto.
Temos de olhar de frente. Temos de ver. E temos de agir.
Não com armas ou bombas. Mas com conhecimentos, altruísmo e justiça.
E sobretudo, não deixar que o medo nos transforme em terroristas xenófobos, igual a eles.
Nenhum comentário:
Postar um comentário