Falei mais de politica nas ultimas 24h do que nos últimos três meses. Afinal sou formada nisso, tenho amigos formados nisso e a actualidade politica é propensa às mais diversas teorias e análises.
Mas o que quero falar hoje não é da politica propriamente, das implicações que podem, e vão surgir desta vitória de Donald Trump.
Como é lógico, muitas das barbaridades que o senhor foi dizendo durante a campanha são impraticáveis. Não vai haver muro, não vai bloquear a China, não vai haver guerras nucleares.
Mas vai haver desgraça e um retrocesso civilizacional. Disso tenho certeza.
A questão fulcral para mim é esta, como em oito anos, passamos da eleição de Barack Obama para a eleição de Donald Trump?
Barack Obama representa um mundo melhor. Mais justo, mais nobre, como mais e semelhantes oportunidades para todos.
Donald Trump significa o oposto. Representa a misoginia branca. Representa os valores que durante gerações lutamos para vencer. Representa o ódio e a ignorância que veste um manto de milhões de dólares. Representa tudo o que queria acreditar que marchávamos para vencer.
Começando por uma adversária fraca, contudo indubitavelmente melhor, mas não representativa. Uma adversária com um discurso bem construído e bem preparado, mas que não chega a todos.
Uma adversária que não conseguiu chegar a uma grande fatia da população que Donald conseguiu chegar muito facilmente. Os milhões de pessoas que afectadas pela ressecção de 2008, perderam capital e posição e encontram nos diferentes o bode expiatório que necessitam.
Na minha opinião isto foi o que decidiu no final.
O poder e o dinheiro mudam o mundo. Compram ideias e ideáis e mudam mentalidades.
Ao assegurar uma recuperação económica e uma manifesta intenção de erradicar pesos mortos da sociedade, mesmo que não o sejam na realidade, Donald Trump chegou onde queria chegar. Ao bolso dos americanos, onde se decide o voto.
A minha preocupação real não é tanto o que aconteceu ontem, por horrível que seja, mas o que pode acontecer.
No próximo ano algumas das mais poderosas nações da Europa vão a votos e estes resultados podem voltar a acontecer. Abalada por uma crise de dimensões catastróficas, a Europa pode repetir resultados grotescos e mais uma vez, o caminho do mundo ser entregue a pessoas que no fundo não nos representam mas que no momento certo disseram o que queríamos ouvir.
É assustador. É assombroso mas pode acontecer.
Quanto a Trump, bem há muito a dizer. Mas para mim o essencial é alertar todos aqueles que por ele foram atacados e humilhados durante toda a campanha, e a sua vazia vida, que se unam e continuem a lutar. Hoje mais do que nunca.
Por o mundo é e será sempre, um reflexo daquilo que somos.
Uau, Trump, que herói. Que ânsias, que isto me dá!
ResponderExcluirO que me assusta mais no meio disto tudo foram as pessoas que votaram no Trump: que são racistas e que acreditam naquilo que ele diz. Essas sim, são o verdadeiro perigo.
ResponderExcluirBeijinhos*
Confissões de uma Pecadora
Acho que nos estamos mais preocupados do que a própria América senão nem sequer tinham deixado chegar tão longe.. Muitas cabeças vão rolar em especial sãs minorias.. Enfim..
ResponderExcluirBeijinho
Beleza De Mulher e Mãe
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Não sou americana e não me agradou nadinha, imagino os americanos que votaram contra...
ResponderExcluirPartilho da tua opinião quando dizes que não vai haver muro nenhum, nem guerra nuclear, nem nada do que ele disse. Ele disse o que tinha a dizer para conseguir o que queria e agora vai enfiar a viola no saco e não se vai passar nada. Já do ponto de vista dos ideais da sociedade, é assustador que tanta gente se identifique com aquele discurso
ResponderExcluirAinda nem acredito que isto aconteceu. Não são só os americanos que vão sofrer com isto, é o mundo!
ResponderExcluirBeijinhos,
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Há giveaway Oriflame a decorrer no blog :)
Eu não caí em mim ainda... assustador pensar que provavelmente quem votou nele, é igual a ele... :\
ResponderExcluirBeijinho
http://omundodajesse.blogspot.pt/
Quando há alguém disposto a dizer ao povo o que ele quer ouvir as coisas tornam-se perigosas. E quando esse alguém se chama Donald Trump...
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